domingo, 15 de novembro de 2015

ATIRE A PRIMEIRA PEDRA




          Covarde sei que me podem chamar, porque não calo no peito esta dor. Atire a primeira pedra ai,ai,ai, aquele que não sofreu por amor, Atire a primeira pedra ai,ai, ai, aquele que nunca errou por amor.
       Eu sei que vão censurar meu proceder, eu sei, mulher, que você mesma vai dizer, que eu voltei pra me humilhar. É, mas não faz mal. Você pode até sorrir. Mas, perdão foi feito pra gente pedir. Não é isto Mario Lago? Não é isto Ataulfo?
        Seja maldito quem no homem acredite piamente, mesmo em si próprio. Um dia ele não se reconhecerá nele mesmo. Portanto perdoe e peça perdão, quando errar. Não é humilhação porque perdão foi feito pra gente pedir.  Que sabedoria daqueles vates! Não há maior prova de magnanimidade.
        Quem de sã consciência pode apontar o dedo contra alguém? Está demonstrando o quanto injusto é, pois, errados todos nós somos, e se assim é, persistirmos em achar só o erro do outro, a guerra nunca terá fim, como, de facto,  nunca teve. Houve momentos de paz, só. Tristeza não tem fim, felicidade, sim, diz o poeta. Não é pessimismo, é realidade. Pessimismo é deixar de gozar o presente, esperando felicidade sem fim.  Apanha o agora, que já não é mais e goza-o e viverás feliz, mesmo na guerra.
          
 

Ó terra mãe de todos os viventes
Ó sol que aquece a terra
Eu vos invoco.
Vede que sofrimento recebo dos outros deuses.
Eis-me a gemer pelos males presentes e futuros,
Quando virá o tempo em que eles ordenarão
O fim de meus sofrimentos?

Que digo? O futuro não tem segredos para mim.
Toda desgraça já me foi revelada antes
Agora só terei de suportá-la
Pois bem sei
Que contra as forças do destino
Ninguém pode lutar e vencer.

          

sábado, 14 de novembro de 2015

ARREMEDO DE PREFÁCIO




Um prefácio é uma preparação para a leitura de uma obra. Como não considero esta obra, uma obra,  mas uma obra. Fica sem prefácio algum, para que cada qual encontre a obra que lhe aprouver, nesta obra que considero uma obra em progresso, porque sem assunto algum e a pretexto de nada, devendo ser escrita à proporção que os personagens queiram vir a lume, por mão própria ou pela pena  deste arremedo de escritor.