segunda-feira, 16 de setembro de 2019







        



                             Amsterdam, Amstelredamme que fazes tu nestas horas, onde uns dormem o sono dos justos e outros vivem a vígília dos vadios, dos malfeitores, das prostitutas, dos insanos, dos depressivos, dos que trabalham para dar lazer aos notívagos? Tu que vistes viver Van Gogh e Rembrandt e aturaste o mestre Bento Espinosa, como estás a esta hora? Quantos gritos, quanta dor, agora tu suportas? Cala a mão do cafetão batendo na quenga, Ina, a bela e doce Ina. Dois filhos pra criar na Moldávia com a avó. E quer estudar, e precisa comer e vestir. Oh! vil metal, em que mãos estás? Eu, vendendo o  corpo pra comer. Mondo cane. Cavara, Jacopetti e Prosperi imaginariam isto? O que é preciso destruir para reconstruir? Ik wil dat un dood.  Aí eu corro pra galera.

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