sexta-feira, 31 de agosto de 2018














                                              Nero tocou fogo em Roma,
                               Você incendiou meu coração.
                               Dizem que Nero era louco,
                               Por você, meu bem, 
                               Fiquei louco da paixão.
                          Numa tarde de dezembro. O sol escaldava, mesmo quase no fim da tarde. Uma luz acendeu-se. Onde há escuridão, há esperança de luz. Um fótão satisfaz, frente às trevas. Não cala em mim o desejo e o digo ao amigo. Estranhas horas, deveria amaldiçoar-te?
                              

terça-feira, 21 de agosto de 2018








                        
                                     Oh, Deuses dos céus e dos infernos, dizei-me, por favor, eu vos adorarei, onde estou, em que mundo me pusestes, que lugar é este, onde me roubam os sapatos em frente ao elevador?     
                            Acorda, infante não crescido, estás em tua casa, o prédio em que vives também uma faculdade, onde estudam pessoas de toda parte do mundo. Acostuma-te a isto.
                              Ela vinha lá debaixo, talvez da piscina, nua. Eu reclamei. Não iria entrar assim no elevador. Ela me disse não há ninguém aqui e o vizinho lá de cima não vai se importar com isso. Eu puxei do elevador e comecei a gritar: Venham comer esta puta, ela está querendo ser estuprada por trinta homens. Venham e a empurrei com o pé. Ela não parecia se importar com isto e até parecia estar gostando.
                             Dizei-me então, oh Deuses, tudo isto aconteceu? Por quê me fazeis instrumento de sua ira? Por quê me fazeis passar por este tormento? É verdade que existis? Onde inferno vos escondeis? O que faço é por querer, ou eu faço porque vós quereis?  Dizei-mo, preciso saber, não posso ficar nesta indecisão, vós me torturais com isto? Sejais correto, joguem limpo comigo, nosso posso levar para o túmulo esta incerteza. Por quê, deuses implacáveis e inumanos fazeis sofrer a humanidade. Se é verdade que existis, mostrai-vos por inteiro, não permaneçais ocultos, como marginais que atacam sempre na escuridão para que não se possa descobrir sua identidade. Dizei-me, Senhores do espaço infinito, onde quereis que nos encontremos, quereis o que realmente dos simples mortais? Que fizestes dos grandes homens deste espaço? Onde os pusestes? Dizei-me onde está Dante, tão cristão e carola? Que fizestes do bardo Shakespeare? Estará penando nas labaredas do inferno, ou estará gozando a companhia de querubins, serafins, e vós próprios, deuses eternos, em eterna bem-aventurança?

terça-feira, 7 de agosto de 2018
















                                              Quem não andou de bicicleta em Amsterdam, não conhece  Amsterdam. Andar por aquelas ruas, aquelas avenidas, aqueles canais de bicicleta é uma aventura sem par, um prazer indescritível. Quantas vezes fui ao Museu Van Gogh e Rijksmuseu pedalando, dando sempre uma paradinha antes ou depois no Le Tambourin para comer alguma coisa, ou às vezes, pra simplesmente, lá, esperar um turista que pudesse acompanhar ao museu. Sempre  havia algum latino americano disposto a pagar alguns florins para a gente  servir de guia. Mas as experiência nem sempre eram saudáveis, havia aqueles que depois de tudo davam um a zero na gente, principalmente brasileiros. Estes são as piores pessoas a se tratar, querem ter vantagem em tudo. Cínicos e inescrupulosos. Te roubam na maior cara de pau. O pior, a coisa continua até hoje. Não há brasileiro que não pratique seu pequeno furto ou roubo quase diário. Imagine, ele vende seu voto ao político, mas só quem é ladrão é este. Roubam energia e água, com os famosos gatos, mas só quem é ladrão é o político. O engraçado é que esquecem dos juízes, sabidamente, mais corruptos do que os políticos, mas como todo brasileiro tem rabo preso, perdoam-lhes as faltas, e estes,  longe da grita da mídia, faz o que bem quer e entende. Cada um juiz tem seu canal. Um elemento que serve de ponte entre o jurisdicionado e ele, magistrado. Eles não tratam diretamente com os mortais, têm seus representantes aqui na terra para receber o dinheiro que lhes é entregue, descontada já, a comissão. O canal geralmente é um assessor, pago com dinheiro público, nosso portanto e que faz mais este papel. Alguns não têm o menor pejo de dizer que são canais do juiz tal, do desembargador tal ou do ministro tal. Sim, porque isto é bem distribuído, da primeira à ultima instância. Deve ter exceção, mas como não se sabe nunca quem é exceção ou não, neste emaranhado do trocas e negócios e porque constituem uma casta fechada e intransponível, vamos vivendo nosso pequeno hades, pequeno mas sem fim. Eles próprios, por serem herméticos,  são culpados de pensarmos que todos são iguais. Mas tudo isto só acontece pela indolência e ignorância das pessoas. Todo magistrado tem um funcionário que não gosta dele. É só descobrir este funcionário e se aproximar dele que você tem o magistrado em suas mãos.