terça-feira, 21 de agosto de 2018








                        
                                     Oh, Deuses dos céus e dos infernos, dizei-me, por favor, eu vos adorarei, onde estou, em que mundo me pusestes, que lugar é este, onde me roubam os sapatos em frente ao elevador?     
                            Acorda, infante não crescido, estás em tua casa, o prédio em que vives também uma faculdade, onde estudam pessoas de toda parte do mundo. Acostuma-te a isto.
                              Ela vinha lá debaixo, talvez da piscina, nua. Eu reclamei. Não iria entrar assim no elevador. Ela me disse não há ninguém aqui e o vizinho lá de cima não vai se importar com isso. Eu puxei do elevador e comecei a gritar: Venham comer esta puta, ela está querendo ser estuprada por trinta homens. Venham e a empurrei com o pé. Ela não parecia se importar com isto e até parecia estar gostando.
                             Dizei-me então, oh Deuses, tudo isto aconteceu? Por quê me fazeis instrumento de sua ira? Por quê me fazeis passar por este tormento? É verdade que existis? Onde inferno vos escondeis? O que faço é por querer, ou eu faço porque vós quereis?  Dizei-mo, preciso saber, não posso ficar nesta indecisão, vós me torturais com isto? Sejais correto, joguem limpo comigo, nosso posso levar para o túmulo esta incerteza. Por quê, deuses implacáveis e inumanos fazeis sofrer a humanidade. Se é verdade que existis, mostrai-vos por inteiro, não permaneçais ocultos, como marginais que atacam sempre na escuridão para que não se possa descobrir sua identidade. Dizei-me, Senhores do espaço infinito, onde quereis que nos encontremos, quereis o que realmente dos simples mortais? Que fizestes dos grandes homens deste espaço? Onde os pusestes? Dizei-me onde está Dante, tão cristão e carola? Que fizestes do bardo Shakespeare? Estará penando nas labaredas do inferno, ou estará gozando a companhia de querubins, serafins, e vós próprios, deuses eternos, em eterna bem-aventurança?

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