quarta-feira, 17 de maio de 2017















                                          Que digo? O futuro não tem segredos para mim. Prometeu sou, sou eu o Zé Promessa. O futuro que me foi revelado antes não se fez e hoje amarguro o dó de não ter sido. Sinto. Hei de confessar-me, perante o mundo. Dizer o que fiz, o que deixei de fazer. Pedir perdão pelo bem que poderia ter feito e não fiz, por covardia, timidez ou o diabo que o seja. Aqui e agora. Acum, dizem os romenos. Agora, mais do que nunca, para que se não perca a linha da história, para que não digam outros, o que não fiz ou que inventem histórias como fizeram com Lampião, feito bandido pelos vencedores. O inimigo se torna feio, bruto, agreste, mesmo doce, terno, amigo.  Não quero que contem minha história, ninguém é confiável, por isto tento contar a minha, embora saiba que ainda assim haverá quem a ponha em cheque, principalmente aqueles a quem não agradei, ou continue não agradando. A humanidade conta tua história segundo seus interesses.

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